O tempo anda chuvoso, frio e instável. Nada de anormal a época
de inverno que estamos a viver!
Tal como este tempo, estão também grande parte das nossas
vidas! Inconstantes, frias e instáveis por um tempo que anda chuvoso. O homem no hoje é confrontado constantemente pela
incerteza, a incerteza de ser, e a certeza da incerteza do saber
verdadeiramente ser!
Escreveu Frei Maria Rafael que “tudo passa…, o homem
envelhece, e por fim, morre. Eis a única verdade”, e esta é verdadeiramente a
verdade mais inquestionável de um ser! E sobre esta verdade deveremos pois nos
questionar e debruçar a cada dia. Direi mesmo, sobre esta deveria assentar o
nosso quotidiano.
Deveria partir desta verdade a construção daquilo que somos,
daquilo que é o nosso ser, é desta que é emergente embeber o espirito que
construirá e tornará solido o nosso ser. Porque vivemos num tempo instável, vivemos
um tempo de supérfluo, um tempo cheio de tudo e de nadas, onde banalizamos a essência
do nosso ser, descredibilizando a responsabilidade salutar que temos em não ser
somente, mas antes saber ser!
Se dos nadas que constroem as nossas vidas, se dos nadas que
tornamos a essência das mesmas, dessemos lugar a verdadeira essência do ser,
como belo se tornaria a vivencia do nosso dia a dia!?
Se tomássemos em nós a preocupação de saber ser, e não
somente ser! Quantas vezes já paramos para pensar sobre isto? São questões tão
simples, mas tão assustadoras! Assustadoras porque saber verdadeiramente ser,
exige esforço, mudanças e querer verdadeiramente, e isto custa, sim custa
imenso. E nós não estamos predispostos a tudo isso. E porque? Porque afinal de contas e
muito mais fácil somente ser, que saber verdadeiramente ser!
Mas é importante sabermos reconhecer que em tudo na nossa vida facilmente dizemos que queremos ser, (ai eu quer ser!... ei eu sou!...) mas e quantas vezes sabemos ir além do querer ser!?
Telmo Ferreirinho Seco
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