Que é a vida? A vida que vivo em mim não à consigo descrever…
passo dias à pensar o que ando afinal à viver?
Vivo dias determinado, outros tantos exauridos de razões, de
certezas, do viver do meu ser. Quem nunca neste mundo se deparou neste cenário que
aqui descrevo? O cenário do homem dos dias de hoje, o mais experienciado de
sempre… O mundo abafa-nos, cala-nos, vive às nossas vidas por nos!
Não julgo poder tanto quanto desejava, mas somente me consciencializar
a cada dia que a vida, nada mais pode ser que um suave sopro divino que por
momentos dá vida ao nosso ser! Quanto queria, quanto desejava, somente isso
apenas mais nada. Sim desejava, quem nunca o desejou? Todo o homem deseja
dominar a vida em si!
Nunca pressupus no meu entendimento que soubesse já tudo
sobre a vida, mas antes sim tive e mantenho presente, que a vida tudo sabe já
sobre mim! Para muitos torna-se paradoxal, macarrônica esta certeza que afirmo,
mas julgo que o mesmo acontece devido apenas a um certo desconhecimento pessoal
do nosso ser. Direi mesmo: quando não nos conhecemos, jamais
procuraremos descobrir-nos! O nosso ser exige de nos uma constante
descoberta, e é nesta descoberta quotidiana, que tenho ao longos dos tempos descerrado
uma beleza surpreendente e para mim desconhecida. A beleza do meu ser!
Acreditar na beleza do meu ser nem sempre foi possível, nem todos
os dias aliás é possível! Contudo no encontro, que tento manter interruptamente
diário, com aqu`Ele que me criou, consigo pelas mais invariáveis formas erguer
alto o meu olhar… perceber que posso não ter muito em mim, mas que aquilo que
tenho e tremendamente valioso, por isso mais não sou na minha forma física que
um soldadinho de chumbo que dá vida e guarda o meu ser.
Desejava, morrerei desejando, mas nunca compreendendo é
certo, que não posso desejar mais que aquilo que me está predestinado a ser. Mas
quem não desejou já mais?
Os dias de hoje sufocam-me, confesso abertamente que o mundo
onde vivo, pela forma subtil como se deixa viver me está à sufocar. Continuamente
vivemos nesta crise de ideologias, que fortemente me preocupa, muito mais que
qualquer crise económica social. Esta preocupa-me verdadeiramente pois desde
que me lembro, nunca me deparei com ninguém nem nenhum grupo que procura-se
defender um qualquer conjunto de ideias, visões, pensamentos que procurassem ir
de encontro a todas as fortes lacunas que este mundo vive, mas antes vi, e
vemos todos os dias indivíduos, grupos defenderem montes de ideias convicções
fortemente alienadas de uma cultura do importa-me cá, que apenas e só procuram
edificar uma fortaleza para o seu ser, esquecendo que o mundo ao qual pertencem
é a melhor das fortalezas.
Poderemos continuar à viver assim?
Poder podemos, mas não será justo para nos continuar neste
paradigma. Há que procurar ser diferente, procurar libertar o nosso ser, é
nesta força de pensamentos que tenho vindo à libertar-me, procurando
reconhecer, assumir e expor a beleza do meu ser. Procurando mostrar ao mundo o quão
belo ele é, o quão belo é o ser de cada ser humano. Que poder pode continuar à viver
assim, ignorando a sua beleza interior mas jamais será a mesma coisa!
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