Da clausura onde vivo,
das paredes que me cercam
há um só caminho que sigo
que outros muitos não enxergam!
As paredes aqui são altas.
Grandes e imperiosas.
Tal como todas as minhas faltas,
incrédulas e impiedosas
Cá dentro não cabem sonhos,
nem tão pouco vida futura…
Ainda as vezes eu cá as ponho
mas ninguém cá as segura.
Pela manhã ainda ensonada
oiço o repicar tão delicado,
que neste vazio de nada
o velho sino toca afinado…
O tempo aqui não é futuro!
Mas tão-somente presente!
Esse exacto que eu procuro,
mas que duvido que aguente!
Vivo por
isso esta clausura,
em jeito
simples do meu ser,
que para mim
não é tortura
apenas o meu
pobre viver!
E ainda que
enclausurado,
Não vivo do
mundo distante.
E de entre
paredes fechado
sou no mundo
um viajante !
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