Todo a vida ceifei
Nos campos de trigais
E o pouco pão que ganhei
Não calará meus ais
Minha pele rugada
Conta hoje por mim
Que ditará meu fim
Era a vida da gente
Penar pra ganhar o pão
Debaixo de sol ardente
Era ai nossa prisão
De avental pla frente
Lenço pelo rosto
Era a vida da gente
Do nascer ao sol-posto
Nos campos do Alentejo
Naquelas Planícies de ouro
Abaixo do rio tejo
Perdi o meu tesouro
Todo a vida ceifei
Nos campos de trigais
E as lagrimas que lá chorei
Não esquecerei já mais!
Sem comentários:
Enviar um comentário